Vencedores do Prêmio Pernambuco de Fotografia 2018 registram o extraordinário cotidiano

Vencedores do Prêmio Pernambuco de Fotografia 2018 registram o extraordinário cotidiano

Cada um dos 15 vencedores vai receber do Governo do Estado premiação no valor de seis mil reais

Rituais, hábitos, caminhos, percalços, cenas de lazer e trabalho estão nas imagens retratadas pelos quinze fotógrafos vencedores do Prêmio Pernambuco de Fotografia 2018, cujo tema “Cotidiano” revela o quão extraordinárias podem ser as atividades rotineiras dos pernambucanos. Escolhidos entre 480 fotografias, os registros foram feitos por profissionais experientes, iniciantes e amadores na área, que foram avaliados a partir de critérios como valor artístico e cultural da obra para a linguagem fotográfica, originalidade, criatividade e inovação, como previsto no Edital publicado em março deste ano.

A Comissão de Seleção formada pelos fotógrafos André Aquino, Cristiana Dias e Dominique Berthé – referendados pelo Conselho Estadual de Política Cultural – elegeu como vencedores os trabalhos de Léo Lima, Will Santana, Teresa Maia, Cecília Urioste, Priscilla Buhr, Quel Valentim, Saulo Santiago, Tiago Sant’ana, Peu Ricardo, Eric Gomes, Costa Neto, Sérgio Bernardo, Thaik Santos, Hélia Scheppa e Camilo Soares.

A premiação foi instituída através de decreto assinado pelo Governador Paulo Câmara em dezembro de 2017, quando também foi anunciada para a edição de 2018 a homenagem aos fotógrafos Alexandre Severo e Marcelo Lyra, que faleceram no mesmo acidente de avião que vitimou o Ex-Governador Eduardo Campos. Amiga dos homenageados, a fotógrafa Priscilla Buhr comemorou duplamente a vitória. “Ganhar é sempre bom, mas esse prêmio foi bem especial. Quando soube que ele levaria o nome dos dois, fiquei bem tocada e, agora, bastante feliz de ser selecionada, porque, de alguma forma, é como se eu estivesse prestando essa homenagem para eles também”, revelou ela.

Entre os novos nomes da fotografia, o estudante de Cinema pela UFPE, Will Santana, destacou a importância do Prêmio para estimular os mais jovens. “Isso me incentivou a me profissionalizar. Com o Prêmio vou poder comprar uma câmera melhor para mim, mas ele também mostra para as pessoas que mesmo com um equipamento mais simples também dá para fazer um trabalho legal”, observou ele, que clicou a foto “Amores Perdidos” com a câmera do celular.

Com atuação na área há mais de 15 anos, o fotógrafo Costa Neto destacou os aspectos positivos de dividir o prêmio com nomes de diferentes experiências. “Acho muito legal estar participando disso não só entre os profissionais mais antigos, mas também entre novos, porque soma novos olhares à nossa história também. Teremos um material impresso que servirá de portfólio para todos nós, além de fortalecer a carreira autoral”, avaliou ele, ao falar sobre a exposição e catálogo com as fotos vencedoras, que também estão previstos no edital do Prêmio.

A Secretária Estadual de Cultura, Antonieta Trindade, também celebra o momento: “São imagens que registram o povo pernambucano pelo olhar contemporâneo e sensível de artistas excepcionais, alguns já com uma longa estrada na fotografia, outros iniciantes, o que estimula ainda mais a criação artística e o desenvolvimento profissional do setor no Estado”. Para a Presidente da Fundarpe, Márcia Souto, “a retomada do Prêmio Pernambuco de Fotografia é mais uma demonstração do compromisso da Gestão Estadual em reconhecer e incentivar os artistas pernambucanos. A iniciativa, somada aos prêmios para a Literatura, para o Teatro (Pernalonga), para a Cultura Popular e a Dramaturgia (Ariano Suassuna), para o Circo, e ainda à ampliação do prêmio para Patrimônios Vivos da nossa cultura, revela o legado importante que a política cultural tem consolidado nos últimos anos”.

“Povo Pankararu: preservar nossas tradições, uma luta diária!”, de Léo Lima

“Passei uma semana na aldeia Pankararu, na cidade de Jatobá, e lá conheci um ritual deles que é a Corrida do Umbu. Durante a corrida, um dos rituais é a queima do cansanção (um tipo de urtiga), quando os índios dançam o Toré e passam o cansanção entre eles. Foi quando fiz a foto. Gostei da luz e da expressão do índio, dentre outras que tirei, essa foi muito marcante”.

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